Friday, June 10, 2011

O ESPÍRITO DE INGRID




  1. [red][b]O ESPÍRITO DE INGRID


    [i]No passado não muito distante, havia uma mulher, que teve uma vida de rainha, morava em uma mansão no Morumbi, tinha dois carros importados, funcionários em sua fábrica de malhas, era uma fábrica muito antiga no mercado, com nome na praça, tudo herdado de seu Pai.

    Esta mulher se chamava Ingrid, seu luxo, sua vaidade, tudo que Ingrid gostava era demasiadamente caro, restaurantes finos, jóias, bolsas que custavam uma fortuna, roupas que nem ela mesma sabia que tinha, não tinha esposo, seu esposo havia falecido já a algum tempo, tinha sim dois filhos lindos, Carla e Alexandre, seu passatempo favorito era praticar fisiculturismo, uma vês por semana ela ia em sua fábrica.

    Seus gerentes e diretores cuidavam de tudo por lá, Ingrid chegava e não queria saber de problemas pessoais de funcionários, só lhe interessava a movimentação financeira, ativa e passiva, débito e crédito.

    Ingrid era uma mulher de negócios, e estava conduzindo muito bem a sua fábrica, Carla e Alexandre estudavam em universidades fora do país, dificilmente Ingrid via seus filhos, só mandava dinheiro pela conta bancária, cobria débitos de cartões de créditos de seus filhos.
    Eles quase nem se telefonavam, Ingrid estava mergulhada em sua vida material a ponto de nem pensar em arrumar outro parceiro, tinha medo de problemas financeiros com um casamento novo.



    Quem lhe falasse a respeito de se fazer uma caridade, Ingrid desconversava, a fé para ela não lhe entrava na cabeça, não via lucro com a fé em Deus, era o ano de 1940, as industrias no Brasil estavam em ascensão, tudo crescia muito rápido, as novas máquinas que chegavam na fábrica de Ingrid cobriam o serviço de vários funcionários.

    Ingrid nem se importava em dispensar, demitir, cem ou duzentos pais de famílias, fazia isso sem se preocupar com os seres humanos que trabalhavam para ela, seu coração era duro, todos eram números, números e lucros, e outros eram números e prejuízos.

    Ingrid tinha tanto amor ao dinheiro que vivia a vida se preocupando em não perder nem um centavo em seus investimentos no banco, acordava de manhã sempre em torno de oito horas, quando estava em sua fábrica ou em sua casa tratava seus funcionários como animais, para ela seus funcionários eram como burros de carga, dava bronca, e humilhava, se sentia superior, mais inteligente que todos, tratava seus amigos com falsidade no coração, amigos só se lhe interessasse para algum negócio lucrativo a fechar.

    Um dos sítios que Ingrid mandou vender era o berço do nascimento de seu falecido Pai, seu Pai gostava muito do lugar, nunca passou por sua cabeça enquanto vivo vender aquele sítio, sua infância tinha sido ali, Ingrid nem se importava com isso, o pessoal de uma imobiliária tinha tirado fotos da casa que ficava no sítio, ninguém da imobiliária notou nada, mas quando vieram apresentar as fotos para Ingrid em sua casa, ficou espantada, em uma foto que foi tirada de frente, aparecia a casa e uma arvore no jardim, Ingrid viu a foto e quase caiu de susto, no lado da arvore as sombras da luz do sol, e os contornos, dava para se ver nitidamente seu pai em pé de botas e calça tipo bombachas, o chapéu e a barba, era muito claro, como poderia ser aquilo.

    Ingrid gritou com o rapaz da imobiliária e mandou tirar as fotos outra vez, disse que não gostou, não tocou no assunto, no dia seguinte Ingrid nem pensava nisso, continuava com seu dia normal.

    Ingrid não acreditava em nada, não se interessava por nada que fosse assunto de Deus, Deus para ele era como se fosse uma pessoa que não iria ajudar ela em nada, no dia seguinte, os rapazes trouxeram novas fotos, mas vieram com receio que Ingrid não gostasse outra vez.

    Após os rapazes irem embora Ingrid subiu ao seu quarto para ler um pouco, tudo estava em silencio, Ingrid escutou como se uma pedra caísse do teto ao chão, procurou e não encontrou nada caído, tudo estava em seu lugar, voltou para a cama e olhando para o livro, lendo, com um canto da visão, viu alguém no quarto, deu um salto da cama de susto, tinha certeza que era seu pai, era muito parecido, estava de pé no quarto, foi por um segundo, mas deu para ver bem, Ingrid voltou para a cama e tomou um comprimido para dormir, estava assustada com aquilo.

    No plano espiritual, estavam acontecendo algumas coisas também, seu pai Julio estava lutando para tirar sua filha daquela vida de avareza que ela levava, tentava colocar um pouco de amor ao próximo, inspirava ela a fazer uma caridade de vez em quando, mas Ingrid não dava ouvido.

    Julio estava todo o tempo acompanhando Ingrid, e tinha muitos momentos em que ele mesmo pensava em desistir, Ingrid tinha um coração frio, Julio tinha conseguido uma permissão no plano espiritual para se materializar por um momento para Ingrid, mas mesmo assim não dava certo, Julio não sabia mais o que poderia fazer, no plano espiritual ele não tinha previsão do futuro, mas tinha um sentimento em seu ser de se Ingrid não mudasse ela iria sofrer muito, os espíritos que eram amigos de Julio diziam sempre para ele nunca desistir, mas Julio não sabia mais o que fazer.

    Ingrid estava a caminho de sua fábrica em seu carro blindado, era uma terça feira, hora de almoço, o motorista parou em um farol, duas motos, uma de cada lado do carro, anunciaram o assalto, era um dia quente, para economizar um pouco Ingrid não havia mandado arrumar o ar condicionado do carro, o motorista estava com o vidro do carro dianteiro meio abaixado, os motoqueiros estavam impacientes, mandaram que Ingrid desse a bolsa, não havia nada de valor na bolsa, mas Ingrid era apegada com a bolsa, era uma Dior legitima de couro.

    Ingrid pensou, eu não vou perder minha bolsa não, o motoqueiro que estava do lado do motorista sem pensar disparou um tiro direto no coração de Ingrid, depois outro no motorista que tentava se esquivar se abaixando, ela não agüentou, quando a policia chegou pegou o motorista ainda agonizando, o carro parado no farol, e o transito ficando cada vez mais cheio, isolaram o carro e tentaram reanimar o motorista, que também faleceu, o tiro no motorista tinha entrado no pescoço e ele estava perdendo muito sangue, perfurou a jugular, não teve sorte.

    Ingrid continuava em seu corpo, era um corpo morto, mas Ingrid estava ali em espírito agonizando com a dor do tiro, sentia uma imensa dor no peito, não conseguia falar, nem pensar direito, frio, escuridão, Ingrid não estava entendendo o que estava acontecendo, para ela ainda se via viva e a policia iria leva-la a um hospital.

    Ingrid nem por um sonho sabia que tinha desencarnado, os movimentos de seu braço e suas pernas estava paralisada, ela pensava que o tiro havia prejudicado seus movimentos, quem olhasse para o corpo de Ingrid nem imaginava que ali dentro tinha um espírito em desespero.

    O espírito que estava preso ao corpo de Ingrid gritava, xingava, berrava, pedia socorro, às vezes chorava, amaldiçoava a todos, xingava os policiais, ninguém escutava seus gritos, pedia, exigia um médico, ninguém ouvia, só uma pessoa que estava ali em espírito, “seu pai”, seu pai ali do lado reparou que Ingrid não podia ver ele, tentou ajudar, “chamava Ingrid”, e ela não escutava.

    Na verdade eram vários planos espirituais diferentes, o primeiro plano era o que estava os encarnados, o segundo plano Ingrid que desencarnou e não sabia, no terceiro plano espiritual seu pai que via Ingrid e não podia ajudar, e nos outros planos espirituais os espíritos de ordem superiores que já estavam em bom adiantamento evolutivo que observavam tudo aquilo que estava acontecendo, esses planos espirituais funcionam como universo em paralelo, mundos diferentes, com vibrações diferentes que vão do negativo até a positivo.

    As vibrações mentais é que definem em qual plano espiritual se está, quando se trata de um espírito que tem falta de fé, igual à Ingrid, está emitindo vibrações negativas, ao passo que seu pai já tem vibrações um pouco mais elevadas, as vibrações do espírito é que definem qual o plano espiritual é que ele está, por exemplo, se um espírito no plano espiritual como Ingrid não tem como ver seu pai que já está em outro plano espiritual, e assim por diante, seu pai por sua vez não tem como ter contato direto com espíritos que estão ali no local, porque estão mais evoluídos.

    Por sua vez os espíritos superiores em evolução tem como ver e até se materializar para um espírito de ordem inferior, porque eles já passaram por aquelas vibrações e sabem como manipular forças espirituais para se materializar se for preciso.

    Julio estava indignado, perguntou aos seus amigos espirituais, que estavam ali para ajudar.

    -Porque ela não me vê e não me escuta, mesmo estando desencarnada, como vou ajudar ela.

    -Porque meu amigo ela não acredita em Deus, muito menos em nós, como ela poderia nos ver, se não acredita em nada.

    -Como eu vou poder ajudar Ingrid, ela precisa de ajuda.

    -Só nosso amado Deus pode ajudar Ingrid.

    Ingrid continuava presa a seu corpo, já há esta hora estavam sepultando seu cadáver, e Ingrid gritava e chorava que não queria ser enterrada viva, seu espírito em estado de desespero total, gritava que era rica e que tinha fábricas, muito dinheiro, e daria uma fortuna a quem a ajudasse, sua ira era enorme, seu corpo espiritual estava coberto de manchas negras, estas manchas eram efeitos negativos em seu espírito, já no caixão enterrado, Ingrid deitada, Ingrid gritava, falava palavrões, nem percebia que o mundo material acabou para ela.

    Já haviam se passados seis meses, o corpo de Ingrid se desfazia na podridão, mau cheiro, bichos comendo sua carne, e o espírito de Ingrid continuava ali, sentindo sua carne se desfazer, seus ossos se deslocarem do lugar e cair pela ação da gravidade, seus pensamentos eram confusos como ela estava ligada ao corpo físico com laços muito forte, o seu perispírito enviava mensagens ao espírito, seu celebro em carne estava putrefato, isso deixava seu espírito em estado de completa desorientação.

    O espírito de Ingrid era rebelde, quanto mais sofria com seu corpo sendo consumido, mais ela se irava, já estava em total negatividade, às manchas em seu espírito já tinham crescido e se tornado vermes espirituais, estavam sugando o principio vital de seu espírito, ele estava todo negro, não tinha mais consciência, e nem discernimento da situação, não sabia onde estava, só sabia que sentia um ódio descomunal, foi após estes seis meses que seu pai com várias tentativas, conseguiu resgatar Ingrid dali.

    Uma mão de homem baixa dentro do caixão que foi enterrado e apalpa até encontrar um espírito que tinha consigo uma legião de vermes e bichos dos mais horríveis grudados em seu corpo espiritual, já quase faziam parte dele, a aparência era feia, seu pai não sabia se poderia controlar ela, Ingrid não estava suportando a luz, parecia que a cegava, ele a segurava com todas as forças e a carregou para um buraco, uma caverna na montanha, a uns cinco km dali, já tinha escurecido, tinha muito mato, ninguém ajudava Julio, ele fazia isto porque Ingrid era sua filha, se sentia com uma parcela de culpa por ele ter ficado neste estado, muito mato em volta, escuridão total, Ingrid ficava deitada, não conseguia mexer suas mão e nem qualquer parte do corpo, Julio resolveu sair em busca de ajuda para sua filha, nem sabia que haviam vários espíritos observando seu comportamento, só que não podiam interferir nos acontecimentos.

    Na caverna havia mais alguém que até aquele momento não queria se mostrar, um espírito, mas um espírito que praticava o embuste, isso é, ele se fingia de uma entidade espiritual para conseguir tudo que queria, essa entidade era conhecida no meio de freqüentadores de Umbanda como “exu”, este espírito, com suas várias reencarnações que viveu através dos tempos aprendeu a ter domínio sobre forças espirituais usando energias negativas em seu perispírito.

    Para se impor ele se transformava em cobras, serpentes grandes, bodes, bichos com chifres, tudo para assustar e impressionar outros espíritos, já há tanto tempo em forma de cobra ele estava escondido na caverna, sua essência já estava se adaptando a uma cobra, aos extintos e costumes do animal, ele já que quase era uma cobra mesmo.

    -Quem deu autorização para você vir aqui na minha caverna me perturbar?

    E já mostrou sua cara horrível bem perto do rosto de Ingrid, que ficou apavorada, aquela cobra enorme era feia e com um aspecto de má, falava devagar e sussurrando.



    -Socorro eu não consigo me movimentar, não consigo me levantar, me ajude, eu posso te pagar, tenho muito dinheiro, sou rica, vou te dar muito dinheiro.

    Ingrid estava insanamente confusa nem percebia que estava falando com uma cobra.

    -Vou te ajudar sim, mas você vai me pagar com seu trabalho, não quero dinheiro, para que dinheiro aqui, você está louca é, se você não me pagar depois que eu te soltar, eu vou te prender aqui numa situação bem pior, primeiro eu vou engolir você, depois eu aprisiono o que sobrar.

    -Ingrid estava com muito medo, mas não tinha saída.

    Aquela cobra enorme se enrolou em Ingrid, começou a comer os vermes e bichos vampirizados que estavam em Ingrid, lambia, tinha fome, continuou até tirar o último, sentia gosto em comer aqueles bichos, era espírito comendo outro espírito em forma latente, canibalismo espiritual.

    Estes espíritos em forma latente retornavam ao estado inicial de criação e sua negatividade, as energias negativas que acumularam durante sua permanência em Ingrid, se anexavam ao espírito da cobra, que se tornava ainda mais forte.

    Depois de dois dias Ingrid já estava se sentindo melhor, aquela cobra horrível tinha avançado em Julio, pai de Ingrid, quando ele voltou, ele ficou com medo e sumiu, o pai de Ingrid ainda não tinha muita força espiritual, sua fé em Deus era recente, ele tinha ainda muitas cargas espirituais a resgatar, uma delas era esta que estava acontecendo.

    A cobra continuava lá, e olhava para Ingrid como se ela fosse um jantar, com os olhos malignos, Ingrid estava com muito medo.

    -Agora você vai trabalhar um pouco viu, você está pensando que aqui tem moleza.

    -Não o que você quer que eu faça, não se aproxime.

    -Se eu quisesse eu deixaria você ai presa, mas você vai me ajudar, vai trabalhar, se não me ajudar você vai se arrepender viu queridinha.

    A cobra se aproximou de Ingrid e tocou em seu pé, as duas desapareceram dali, quando Ingrid abriu os olhos, viu que estava em uma cadeia, uma prisão, penitenciária na vida material, os presos amontoados em uma cela, era uma cadeia de condenados.

    O chão sujo, os presos todos com aspecto de serem pessoas perigosas, já fizeram muito mal pela vida, um ambiente que Ingrid nunca tinha visto.

    -O seu trabalho vai ser ficar aqui e ficar perturbando aquele rapaz, ele pensa que é inocente de seu crime, mas me mandaram para acabar com ele, eu não quero saber se ele é inocente, só quero acabar com ele, e você vai fazer isso aqui, vai provocar todo mundo, faça a cabeça dele se confundir, faça-o ficar louco, quero que ele arrume brigas, eu que ele se mate ou que os outros presos o matem.

    Quando Ingrid olhou para o rapaz que estava quieto em um canto, seus olhos não acreditaram, se encheu de lágrimas, era a primeira vez que chorava de coração em anos, “era seu filho Alexandre”.

    Ingrid caiu de joelhos perto da cobra e suplicava para não fazer nada com seu filho, ele é bom, ele é meu filho.

    A lucidez em seu espírito começou a voltar de maneira trágica.

    -Meu Deus ele é meu filho, Deus me ajude, ajude meu filho, ó meu Deus, eu imploro perdoe meus pecados, eu não posso fazer mal ao meu próprio filho, me destrua sua cobra, faça o que quiser, mas deixe meu filho em paz, meu Deus me perdoe por eu ser tão dura assim, me ajude.

    De tanto Ingrid pedir e suplicar a Deus, uma chance, um perdão, Ingrid abriu finalmente seu coração, uma aparição repentina se deu na cela em que estavam os presos, mas só os espíritos que ali estavam podiam ver, era Julio seu pai, rapidamente pegou na mão de Ingrid e sumiu.

    Quando Ingrid abriu os olhos.

    -Pai eu encontrei você, pai você me ajudou, graças a Deus, meu filho Alexandre.

    O pai de Ingrid a interrompeu e disse com calma.

    -Por enquanto não podemos ajudar Alexandre, você está me vendo, que bom, você não conseguia me ver, graças a Deus você melhorou, Alexandre depois que você desencarnou se meteu em enroscada, deu golpes e mais golpes financeiros e acabou preso, como ele ainda não tinha curso superior, vivia uma vida de baladas e não estudava , estava enganando você, por isso veio parar nesta prisão horrível, seus advogados o fizeram confessar, dizendo a ele que era melhor para se livrar da pena, mas ele eram pagos realmente por Carla sua irmã.

    Carla se tornou uma pessoa muito astuta e igual a você, Alexandre roubou Carla também, alem de Carla colocar Alexandre na cadeia ela queria que ele morresse, seu ódio é muito grande, ela pagou em centros de Candomblé e de Umbanda vários trabalhos para destruir Alexandre seu irmão, seus filhos se odiando por causa do dinheiro, os dois queriam ficar com o dinheiro sozinho.

    Ingrid eu vou cuidar de você agora, sou seu pai, você tem que orar muito, eu não estava podendo te ajudar naquela da prisão porque você estava dura de coração, só quando você pediu a Deus um perdão que eu consegui, nós precisamos ajudar Alexandre e Carla, eles são seus filhos e meus netos, nós temos uma certa responsabilidade com eles, espero que você, Ingrid entenda, e me ajude também.

    Comentários:

    A vida que temos aqui neste mundo é preciosa e não podemos desperdiçar com a ociosidade no pensamento, ociosidade na fé, desperdiçar a vida de nossos filhos com a falta de fé em Deus, devemos tentar embutir neles que uma coisa bem maior que em nós está presente, “o amor“, o tempo passa como um relâmpago, rápido, a vida é curta para quem tem muitas idéias e metas, sonhos a realizar, o mundo está mudando, as pessoas estão se tornando espiritualizadas, com isso vem o lado humano do ser, nós precisamos buscar dentro de nós as nossas decisões, a maneira mais certa de agir como manda nosso coração, não como manda a razão.

    A razão às vezes impede que muitas pessoas façam caridades, impede que o coração e o espírito se manifestem.

    Tudo nesta vida tem na natureza a sua representação, o nosso destino é igual à de uma lagarta que rasteja a procura de alimento, seu corpo é pesado, e o seu fim na verdade é um recomeço que após a sua transformação vira uma borboleta e voa, com graça, com as cores que Deus lhe deu.

    A natureza é linda cheia de vida, maravilhosa nas cores, as arvores, o verde, as flores, os animais, tudo que lá está, tem o dedo de Deus, Deus é um criador, um artista, um pintor que dá as cores ao arco íris, o planeta em que vivemos é maravilhoso, ele nos dá tudo que precisamos, não podemos estragar o que Deus criou, em certos lugares do mundo reina a fome, o deserto, na Etiópia os seres humanos são castigados pela seca, pelo sol, pela fome, falta de recursos, as pessoas que vivem lá não tem oportunidade de se espiritualizar, já sofrem com a constante tentativa de sobrevivência, seria uma injustiça dizer que elas não vão ser salvas porque não lêem a Bíblia, ou não dão o dizimo, ou porque não vão em um culto, seria irracional dizer que elas não vão ser escolhidas, porque não seguem a palavra, como as várias religiões pregam.

    Deus perdoa, perdoou a Ingrid, ele é bondoso, todos nós sem exceção somos seus filhos, e teremos sempre uma chance de nos redimir, ninguém aqui na terra pode excomungar, ou dizer que aquele ou aquela não será salvo.

    No espiritismo a doutrina de Allan Kardec, tem algo de maravilhoso, os espíritos nos ensinaram que todo espírito tem uma evolução, mesmo aqueles que se encontram totalmente em estado de selvageria, ou aquele que errou, matou, ou roubou, feriu, traiu, todos vão ter sua chance de se redimir e resgatar seus erros, isso é maravilhoso, porque na doutrina espírita nunca alguém é condenado a uma penitência eterna.
    Deus não castiga, nem pune ninguém,pois é nosso Pai, e todo pai quer somente mostrar o caminho certo a seu filho.Mesmo quando um filho cai, ele pega em suas mãos e o ''levanta'' é o que aconteceu com Ingrid , ela teve uma oportunidade de evoluir, resgatando seus erros passados!
    Somos Espíritos eternos a caminho da evolução.

No comments:

Post a Comment